Wolverine Arma X (Salvat vol.12)
- Felipe Lopes
- 4 de dez.
- 3 min de leitura
Atualizado: 5 de dez.
Alguns gibis são famosos por serem bons, outros por serem marcantes, Arma X é um experimento no sentido literal, não se encaixa em nada que eu conheça e sem dúvida está no patamar dos melhores arcos já feitos pela Marvel.
Quer contexto, toma aqui. Wolverine surgiu como um inimigo qualquer, na revista do Hulk, chamou atenção e isso fez com que o anônimo se tornasse algo mais. A coisa meio que foi pegando tamanho (haha), diversos escritores passaram pelo personagem (Eu, Wolverine é uma outra obra de arte!) e em algum momento, um autor chamado Barry Windsor-Smith percebeu que tinha algo para contar sobre o pequeno Cárcaju e foi isso que ele fez.
Arma X foi publicada na revista Marvel Comics Presents, do volume 72 ao 84 lá no ano de 1991 (o começo dos anos dourados dos brucutus). A edição que eu li, foi a da Salvat, com 144 páginas, capa dura e nada mais a relatar, no Brasil o arco saiu em diversas publicações, sendo a mais recente, a Marvel Essencias (espera ai, vou olhar se ainda tem disponível para venda, já volto), que está atualmente fora de catálogo, bem como todas edições (olha, uma resenha de um gibi que você não pode comprar!).

Resumindo o gibi, Wolverine foi escolhido para o Projeto Arma X, uma espécie de lobotomia que visa criar um ser indestrutível e controlável. O X representa o número 10 em romano, ou seja, Wolverine é a décima tentativa (acho eu, ou eu inventei que isso é verdade, sei lá). A regeneração dele permitiu que o experimento funcionasse e graças a isso, agora ele tem um esqueleto de Adamantium. Durante o arco, vemos desde o momento em que Logan é capturado, passa pelo experimento em si, é estudado, testado, torturado e o processo vai se repetindo até que finalmente ele foge (ou é libertado? Preciso ler mais coisas, mas fiquei com essa sensação).
É uma excelente trama e aqui eu digo, leia. Quer mais da minha opinião? Vamos lá. A grande magia aqui é que desde o começo, tive a sensação de não saber nada sobre o personagem, talvez por conta do traço sujo e quase abstrato em alguns pontos, os diálogos curtos, repetitivos e insistentes ou só a minha expectativa com a obra, não sei, mas a impressão foi de desoberta. Quando percebi esse sentimento de "olha, vamos ver quem exatamente é o Logan", comecei a me sentir como parte do experimento, não fiquei esperando as próximas páginas, pois eu precisava me concentrar no que estava sendo analisado ali, naquele quadro. Depois de tirar quase todas as conclusões, quando a Arma X estava pronta, comecei a sair da visão de cientista e me passou um "libertem o Logan!" na cabeça, e ele se libertou! Talvez eu tenha entrado de cabeça na obra, talvez a obra seja uma lobotomia. A impressão é que cada quadro sabia exatamente qual sentimento passar e funcionou comigo.

A sequência quase final, quando Logan começa a tomar as redeas, é visceral e poderia estar em um filme de terror fácilmente. Não vou dar tantas informações, mas preciso antecipar que em dado momento, você pode ficar com a sensação de final de Crepúsculo, mas fique tranquilo pois logo ela desaparece. Curioso que nesse trecho final, diversas teorias começaram a surgir na minha mente, como se o gibi disse-se para eu relaxar e pensar sobre o que acabei de ler.
Arma X é essencial para quem gosta do Wolverine e mais do que isso, é essencial para quem gosta de gibis.

Concluindo agora minha terceira leitura do mês de dezembro, em 3 dias consegui ler 240 páginas, 3 gibis, somando um valor aproximado de uns R$ 70,00, supondo que paguei uns 30 por Arma X, coisa que realmente não tenho certeza. Destacando que li 2 gibis "baratinhos", podemos bater o martelo que (obviamente), ler gibi é algo ridiculamente caro.
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