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Quando não desistir.

Orgulho move o ser humano.

Somos maquinas incapazes de aceitar falhas de forma branda. Uma derrota sempre doí, não importa o quão madura sejamos, perder doí, a medalha de participação só destaca que falhamos, ela nunca nós lembra da realidade, nós ao menos tentamos.


Mais difícil do que qualquer derrota, é conseguir encontrar a certeza de que nossas incansáveis falhas estão de fato nós levando a algum lugar, você tem certeza que está é a sua vocação? Eu não tenho. Temos gostos, anseios e sonhos, moldamos nossas ambições baseados em coisas banais, coisas que achamos legais. Quando criança, tive sonhos dos mais diversos, fosse me tornar um empresário (mesmo na época não fazendo ideia do que empresários faziam da vida, acho que ainda não sei ao certo), desenhista, professor de capoeira (o que? pois é) ou outras tantas profissões que pareciam divertidas na cabeça de uma criança de 12 anos. Nunca cheguei a executar nenhum desses sonhos e tenho certeza que jamais executarei uma boa porção deles. Triste saber que uma criança cheia de sonhos se vê agora um adulto consciente de que eram apenas sonhos de criança? Não acho. A medida que crescemos, sonhos se tornam mais complexos, diria que mais palpáveis até, adquirimos a capacidade de enxergar além do que é divertido e finalmente listar os prós e contras de ter uma carreira como professor de capoeira. Não acredito que toda essa bagagem de intenções sejam um desperdício, acredito que cada novo plano seja um pequeno tijolo na construção do que somos. Ter uma infinidade de planos é o mínimo para ter um motivo para acordar todos os dias, não vai ser o astronauta que deseja, mas talvez um dos seus outros 32 planos de carreira dê certo, se não der, apenas invente outros 32.


O plano 21 deu errado, hora de começar o 22.


As vezes acho que meu erro é esquecer dos meus planos, não os tenho anotados ou se quer listados em ordem de importância. Eu nem sei o que estou planejando enquanto escreve este texto, só sei que tenho uma infinidade de objetivos e que de alguma forma, este texto faz parte do amaranhado plano mental para alcança-los. Fico confuso entre dedicar o tempo a plano x ou plano y e o que eu faço? Não faço. A resposta parece simples, e foi dada diversas vezes em diversos lugares, mas sabe qual delas mais me marcou, o simples "continue a nadar", pois é como pode ser tão complexo entender e executar um ato que de certa forma nos mantem vivos? A falta de um oceano em torno de nossos corpos, na urgente necessidade de respirar ou da noção simples de que um corpo parado não vai a lugar algum, me faz esquecer constantemente que estamos em um oceano de planos, um infinito azul de possibilidades regido única e exclusivamente por nossa capacidade de continuar nadando. Seja uma braçada ao dia, duas quem sabe? O caminho não parece certo? mude, tome outra rota, nade de costas. Apenas continue a nadar.



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