top of page

Hábito da produtividade

É muito provável que você, desenvolvedor, já tentou criar um hábito, também é bem provável que em algum momento acabou frustrado com isso. Hábitos são elementos de nossa rotina que de alguma forma fazem parte do que nós torna o que somos. Estou lendo o livro O poder do hábito e é impressionante perceber o quanto os hábitos conseguem ser uma mistura de simplicidade e complexidade.



Entender como um hábito funciona é essencial para organizar e possuir mais controle sobre aquilo que fazemos, é curioso perceber que muitas vezes, possuímos hábitos que não sabemos que existem. Além disso, depois de muitos estudos, cientistas chegaram à conclusão que todo hábito possui 3 etapas, o gatilho, a rotina e a recompensa. Ao perceber que possuímos mecanismos que podem ser resumidos em tão poucas etapas, poderíamos cair na armadilha de que hábitos são manipuláveis, de fato eles são, mas não há simplicidade nisso. Os gatilhos variam de forma assombrosa, enquanto um fumante lembra do cigarro quando fica estressado, o outro lembra sempre que olha para a janela, a complexidade de um hábito está diretamente ligada ao modo como ele foi criado e por criado, me refiro a uma sequência deste mesmo hábito, que ao longo de um intervalo de tempo, proporcionou o que pode ser chamado de hábito em certos casos, de vício em outros. É curioso perceber inclusive, que um hábito, mesmo o benéfico, poderia ser comparado a uma espécie de vício, uma pessoa que costuma se exercitar todos os dias, pode de alguma forma tornar isso atrelado a sua rotina em um nível quase doentio, ao ponto de perder totalmente o controle de seu humor, em dias em que não consegue se exercitar. O hábito ainda vai além, em terrenos onde somente a ciência é capaz de adentrar, pois mesmo nossos impulsos químicos e elétricos estão envolvidos, ou seja, os hábitos percorrem todo o funcionamento de nosso corpo, percebendo a falta de uma vitamina específica, ou é claro, de uma droga específica. Isso tudo é bem complexo, mas graças ao entendimento do ciclo do hábito, podemos de formas muito pessoais, compreender e corrigir hábitos ruins, mas sempre com todo o cuidado, pois hábitos jamais são apagados. Talvez pareça exagero, e em certos casos parece que essa regra não se aplica, um fumante que há anos deixou o cigarro, ainda pode sentir a vontade de fumar, quando o gatilho é ativado. O assunto é vasto e cheio de nuances, não é à toa que já rende estudo há anos e esta presente nas mais diversas áreas de atuação do ser humano.





Ainda pretendo trazer mais textos sobre o assunto, mas agora vou tentar trazer o assunto Hábito, para a mesa do desenvolvedor de jogos. Hábitos estão diretamente ligados a nossa produtividade, associados a temida procrastinação, os hábitos sugerem que nosso comportamento vá além daquilo que estamos pensando ou fazendo naquele momento. Puxando na memória, você vai lembrar de em algum momento ter pegado o celular e simplesmente não saber o que ia fazer, talvez no meio de uma atividade importante, você se viu olhando o Facebook ou o mais curioso e famoso hábito que me vem a cabeça, abrir a porta da geladeira para procurar algo que não fazemos ideia do que seja. Os hábitos são montados com base na repetição e segundo estudos, você pode moldar eles ou mesmo criar hábitos, descobrir qual hábito está lhe prejudicando é algo fundamental para melhorar a produtividade. Ainda estou em “fase experimental” desta tentativa de mudança de hábitos e quero compartilhar com vocês o que venho tentando. Existe no smartphone um aplicativo chamado forest, à primeira vista ele pode parecer inútil, mas na busca por um novo hábito. Foresta é um aplicativo de foco, ele bloqueia todos os aplicativos do celular, impedindo que você perca o foco abrindo Facebook e companhia, em sua versão premium (que custa uns R$ 8,00 em um pagamento único) permite que você decida quais aplicativos estarão acessíveis durante o uso do forest. No app, a cada momento de foco, você começa a plantar uma árvore, aos poucos criando sua pequena floresta da produtividade, caso você desista de uma árvore, ganha acesso a todos aplicativos novamente, mas sua árvore morre e ficará na floresta, em meio as outras árvores. O aplicativo possui diversas outras funções, mas nosso foco não é ele, voltemos aos hábitos e ao porquê de eu ter mencionado o aplicativo. Durante o período de foco, mantendo um papel ao lado, posso anotar todos os momentos em que perco o foco e o motivo, isso serve para descobrir quais são os nossos gatilhos. Sabendo dos gatilhos, precisamos descobrir outra etapa do ciclo do hábito, a recompensa, por hora vamos deixar a etapa rotina de lado. O que buscamos quando ativamos estes gatilhos? Cabe a cada um descobrir a sua recompensa, eu costumo abrir o Facebook em busca de notícias e coisas engraçadas. Entendendo que meu gatilho muitas vezes é a simples perda de foco, e que minha recompensa é ler algo ou dar uma risada, e claro, já sabendo que a fase 2, a rotina se resume em procurar algo no Facebook, preciso determinar como moldar tal hábito. Aqui voltamos aos estudos científicos, eles determinam que para moldar um hábito, precisamos primeiro entender ele e posteriormente exercer a mudança sobre a etapa da rotina, não vamos conseguir mudar o gatilho ou tentar substituir a recompensa, precisamos encontrar uma nova forma de alimentar este hábito. Aos poucos estou moldando alguns destes hábitos, mas é um trabalho prolongado e complexo, minha solução temporária é armazenar notícias e matérias interessantes, utilizando o app Microsoft To Do, então tomo alguns minutos do dia apenas para ler as matérias pendentes, tirando o foco unicamente do Facebook.





Hábitos são magníficos e aconselho que leiam O poder do hábito. Aprendi que somos como enredos, um emaranhado de pequenas ações, um conjunto infindo de manias, vícios e mecânicas. Entender a si mesmo é um passo complexo e importante para o sucesso. Então seja criativo.

29 visualizações1 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page