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Shiro Tswiu - A Ascensão

Um ser maligno chamado Shiro Tswiu, com o poder de alterar/viajar através do tempo, foi libertado de seu selo e jogou sua ira sobre o clã que existiu apenas com a finalidade de selar o seu poder. Ambos os lados caíram derrotados e por conta de uma maldição, dois irmãos que faziam parte do clã e também Shiro, reencarnam através das eras e continuam batalhando para decidir de uma vez por todas, quem triunfará.

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Felipe Lopes

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Com um início um tanto complexo, o jogo acaba não deixando claro qual é seu propósito, não fica claro quem ou o que é o vilão, ou mesmo se é um vilão. O local onde despertamos não do indício algum de qual é seu propósito, temos um ou outro trecho de texto, referentes a lore do game, mas nada que de fato nos entregue alguma informação ou mesmo deixa perguntas. Acredito que o ponto que mais senti falta foi de um proposito, nossa personagem acorda (ou seja, lá o que ela faz) e sai caminhando, encontramos um bumerangue, enfrentamos monstros, resolvemos quebra cabeças e construímos um abrigo? Fica muito difícil de criar empatia com o personagem ou entender o que devemos fazer.

O áudio do game é ok, nada memorável, senti falta de mais efeitos de ambiente.

Quando chegamos a jogabilidade, o jogo deixa mais obscuro o seu propósito, a primeira vista temos um jogo focado em puzzles, após, temos uma espécie de exploração e o gerenciamento de um abrigo, este sem muitas funcionalidades, mas creio que isso se deva a minha fase inicial no game e que mais a frente ele mostre a que veio. Sistema de combate peca por ser ABS, sistema este que insisto em dizer que não é apropriado para o RPG Maker (já vi um ou outro sendo bem empregado, mas geralmente são sistemas feitos do zero, exclusivamente para aquele projeto, destacando que tais projetos geralmente não chegam a estágios muito avançados de produção), o bumerangue não responde de forma adequada e os ambientes são muito pequenos para nos posicionarmos de forma adequada, além disso, o bumerangue, objeto utilizado para ataque, ocupa o mesmo espaço destinada a poções, fazendo com que tenhamos a necessidade de tirar a arma para recuperar o HP, não há formas de recuperar o hp pelo inventário.

O jogo tem certa personalidade e talvez possa vir a ser um ótimo game, mas sinto que está muito em fase alpha, acredito que exista uma mistura de sistema muito grande e a proposta inicial tenha se perdido durante o processo. Acho que a melhor forma de dar andamento ao projeto, seja voltando ao papel e definindo de forma clara qual o objetivo do game.

Durante o tempo que joguei, confesso que não identifiquei quem é o narrador, o auxílio dele seria de grande ajuda para esclarecer o que de fato estava acontecendo no game. O antagonista, como mencionado anteriormente, é confuso, temos alguns demônios que parecem estar nos ajudando, também há uma criatura que parece querer nós ajudar, então não fica claro quem de fato é o vilão. Joguei por uns 60 minutos aproximadamente, não encontrei parte dos cenários solicitados na CGA. A seleção de personagens me agradou, ela funciona bem, mas não senti diferença alguma entre jogar com o menino ou a menina.

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Pedro Kaizaki

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Em shiro tswiu, escolhemos entre dois irmãos reencarnados e destinados a  uma batalha contra um ser maligno, que outrora não conseguiram vencer. Simplesmente somos deixados por algumas criaturas sem rumo, perdidos e sem saber como progredir o jogador deve interagir com tudo no mapa e rezar para que algo aconteça.

 

-Socorro narrador onde você está? Infelizmente ele não aparece…

 

O destaque do projeto se encontra no uso do sistema abs, inicialmente recebemos um bumerangue que eu pouco pude testar, pois logo em seguida encontrei um bug, tudo começou quando fui empurrar uma pedra e a personagem simplesmente travou em uma direção sem poder interagir com mais nada, salvei o game e tentei recarregar mas infelizmente não resolveu.

Sobre o mapeamento, essa mistura de elementos modernos com mediáveis nas primeiras salas não ficou harmonioso, entregando uma sensação de estranheza com um level design confuso.

Existe uma grande discussão entre gamers old school, que se acostumaram a descobrir as coisas na marra porém, deve-se entender que o tutorial é um recurso extremamente importante que precisa ser planejado com cautela e carinho, pois eles podem ser uma faca de dois gumes que vai incentivar ou afastar um jogador do seu jogo. Espero um dia poder jogar esse projeto sem bugs.

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Richard Cesber

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Enredo, apesar de prometer muito com um enunciado extremamente empolgante de seu jogo, o desenvolvedor nos mostra pouco ou praticamente quase nada desse enredo ou dessa aventura, sem muitas explicações (sem nenhuma explicação para ser honesto) temos que escolher entre personagens que não possuem nem um background ou informação disponível o que acaba parecendo uma escolha sem impacto algum (ao menos é que parece), temos a aparição de personagens secundários que não agregam em nada na cena, tem falas pouco atrativas e quebram a 4 parede, recuso que pessoalmente não irei avaliar pois acho piegas e quebra a imersão de um jogo “isso é um jogo, oi isso é um jogo, não esqueça que isso é um jogo, tá?” atrapalha a fantasia e diversão na minha opinião. Você tem uma excelente história porque não a apresentar corretamente, seu jogo não é um mistério ou um suspense, que a pessoa tem que ficar juntando peças para entender, como um detetive, é uma aventura! Espadas! Clãs, batalhas! O jogador precisa ver isso enquanto joga.

Jogabilidade, esse para mim foi fator mais crítico, uma jogabilidade bem prematura, muitos elementos parecem nem terem sido testados, é a primeira vez onde empurrar um objeto se torna um desafio, e aos poucos se torna uma tortura. A mecânica do Bumerangue, por outro lado, foi muito feliz, me deu sensação de The Legend of Zelda (mas o Link nunca teve dificuldades em empurrar uma simples caixa), demais mecânicas da jogabilidade se assemelha ao RPG maker. Puzzles não eram nenhum pouco intuitivos e as explicações e pistas para ajudar eram ainda piores. Essa aqui é uma parte que precisa de extrema URGÊNCIA na correção, melhorar a jogabilidade é essencial.

Na parte sonora do projeto eu fiquei satisfeito de maneira básica, havia músicas, havia efeitos, depois de um tempo a primeira música passou de preencher para se tornar um ruído, ou seja, além de ficar repetitiva rapidamente e acabava deixando o jogo monótono junto. A música do título ficou muito bem encaixada, mantenha esse padrão sempre nas suas escolhas que você vai ser mais preciso!

O jogo em si promete uma identidade única e falha em apresentar isso no decorrer de seus primeiros passos no enredo, valendo-se de uma temática já bem saturada (RPG/FANTASIA/MEDIEVAL) ele acaba se parecendo com “mais do mesmo” até mesmo elementos interessantes como viagens temporais e realidade paralelas (segundo descrição do autor) jamais foram sequer explanadas, sendo que a primeira cena jogável não possui qualquer interação a não ser com cenário, isso arruína a individualidade do jogo que acaba se assemelhando com tantos outros de mesma temática.

O Narrador foi algo que teve um peso tão pequeno na trama, que sua ausência nem seria notada, o intuito era que o narrador entrasse na trama (segundo o plot que não irei revelar ele entra), porém a primeira impressão é de apenas “mais um NPC desnecessário”, como já citei anteriormente você tem uma boa história e o arco que envolve o narrador parece empolgante, não jogue fora isso, explora de uma maneira mais incisiva. dê mais voz ativa ao narrador, acho que ficaria muito bom.

Antagonista, pelo desenvolvimento da história achamos que o embate acontece entre os irmãos e Shiro (que seria uma força maligna), mas com o tempo nos é revelado outro antagonista, o que deu um toque bacana. Para mim foi um dos pontos fortes do game, um antagonista que ninguém imaginaria, muito bom, parabéns!

 

O embate se torna realmente interessante quando colocamos ao lado da proposta do antagonista, se deixamos isoladamente ele acaba caindo naquele velho clichê sem muito brilho, as motivações dos personagens acabam sendo simplórias demais, algo que já foi explorado e mastigado massivas vez “Batalha eterna, vamos ao encontro do mais forte, sempre vai ter alguém mais forte, poder infinito…” enfim, acaba enfadonho.

A seleção de personagem parece completamente vazia e sem afetar qualquer aspecto do jogo, além de ter “esse ou aquele” sprite.

Os cenários são bem feitos, gostei das mobílias, não vi qualquer tratamento de luz e sombra, o que não me incomoda, mas seria bem empregado, as escolhas dos tiles e a diversificação também ficaram boas, pontos a se melhorar é a passabilidade (em todas as quinas você passa “por cima do teto) e outros pontos se personagem parece a muito distante para ter qualquer interação

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Omar Zaldivar

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Shiro Tswiu

Shiro Tswiu me apresentou uma experiência um pouco triste, ele me capturou no começo com o diálogo inicial das criaturas revelando os dois personagens para escolher, porem as coisas mudam quando começo a jogar e sou jogado no cenário sem qualquer instrução do que fazer, andei, busquei itens, encontrei um bumerangue e lutei com um mostrinho em um combate interessante e que difere do padrão o que é uma coisa boa. Porem depois disso fiquei completamente perdido, precisei pedir ajuda para os outros juízes para descobrir que podia usar o bumerangue para interagir com elementos do cenário, algo que poderia ser resolvido com simples tutorial. Isso me frustrou um pouco mas respirei fundo e segui em frente, desci o elevador,  no mapa seguinte um puzzle do tipo “esteira”  que me levam a várias subsalas onde existem alguns inimigos a ser enfrentados, onde acabo por perceber que o sistema ABS está um pouco duro e termina por não ser tão divertido quando usado repetidamente, neste mesmo mapa me encontrei com um bug que me impediu de prosseguir a jogatina, na sala no canto inferior esquerdo ao mover um objeto o personagem travou a direção e por mais que eu tentasse fazer várias coisas, infelizmente não consegui faze-lo voltar ao normal, interrompendo a experiência prematuramente.

 

Enredo:

O jogo começou me chamando a atenção no seu inicio, saber um pouco mais a respeito personagem e do ambiente onde eu estava, porem tudo foi interrompido por conta de um bug que me impediu de prosseguir ainda nos primeiros momentos do game, não fui capaz de ver como se desenrolava o enredo.

 

Jogabilidade:

O jogo sai um pouco do padrão ao trazer o bom e velho movimento em oito direções, além do combate em ABS, isso trás um diferencial a mais, usar o bumerangue para acessar itens que normalmente não se alcançaria também é algo bem interessante(só gostaria de ser informado disso), embora a física dele me pareceu um pouco inconsistente... é estranho ele atravessar as paredes, o jogo me parece apresentar diversos puzzles a serem resolvidos o que é sempre um bom para dar aquela pensada, embora eu ache que as vezes falte um pouco de clareza nas instruções e dicas para a resolução dos mesmo, deixando a gameplay um pouco frustrante, curti poder empurrar objetos embora as vezes os comandos sejam um pouco atrapalhados. Não pude observar o resto das possíveis mecânicas por conta de um bug que me impediu de continuar, logo no começo, infelizmente é uma falha grave.

 

Áudio:

A música de abertura do game é bonita e dá um ar melancólico e reflexivo ao game, bastante agradável, ela se segue para o jogo propriamente dita acompanhada de sons de trovões, poderia ser outra trilha eu acredito, com a mesma identidade da tela de título, para dar uma variada, pena que não pude seguir adiante para ouvir outras coisas, mas está ok.

 

Individualidade:

O Jogo foi montado com elementos do RTP e adições, talvez algumas edições, sistema de ABS e movimentação em oito direções são sempre um destaque positivo, assim como puzzles para quebrar um pouco a ação, ou melhor dizendo, ação para quebrar um pouco os puzzles, isso deixa o jogo interessante, mas como não pude avançar, não pude ver o que mais ele tinha a me oferecer, gostei da escolha das huds e das caixas de mensagem e textos.

 

Narrador:

No comecinho do game surge um personagem estranho que faz o papel de narrador, depois ele some e não o encontro mais, por conta do bug não pude avançar para saber se ele participa mais vezes. Acho interessante a quebra da quarta parede na narração apesar de tudo, mas como não vi mais nada a respeito acaba por não ser impactante o suficiente.

 

Antagonista

No começo do jogo nos é falado sobre o antagonista, inclusive alguns monstrinhos, seus asseclas podem ser vistos interagindo e conversando, uma breve explicação do narrador nos informa sobre os fatos passados envolvendo o antagonista, porem mais uma vez por conta do bug, não consegui prosseguir e saber mais do que ocorreria.

 

Embate:

O combate funciona em ABS, até onde eu joguei usando o bumerangue, ele é interessante e sai do tradicional do RPG Maker o que é muito bom, embora eu acredite que ele esteja um pouco cru ainda e pode se tornar um pouco chato depois de algumas batalhas a mais, não sei dizer se terão outras armas para enfrentar as criaturas ou a possibilidade de usar magia, por conta do bug não pude seguir adiante, mas devo dizer que ao menos saiu do lugar comum.

 

Seleção de Personagem:

A seleção de personagens é simples você escolhe entre um garoto ou uma garota e que não aparentam ter algo de diferente em sua gameplay, achei uma pena ser dessa forma, poderia, por exemplo, apresentar mecânicas diferentes para ambos, alterar a dificuldade ao escolher algum deles, ou dar uma habilidade especial para cara um, isso daria um incentivo a mais para uma possível repetição do jogo.

 

Cenários:

Acho que uns dos pontos mais positivos do game que eu pude testemunhar jogando o pouco que consegui foram os cenários, o mapeamento ficou bem interessante e me deixou interessado, poderia haver mais interações com os elementos do cenário e uma atenção para a colisão de alguns objetos, mas no contexto geral estão bem interessantes, apresentam um ar de mistério e convidam a querer saber o que aconteceu e que lugar é aquele, infelizmente não pude ver nada dos cenários obrigatórios por ter ficado preso na Mansão inicial que posso tratar como se fosse uma Dungeon, gostei dos efeitos de luz discretos e principalmente das animações do inicio com o portal aparecendo os monstrinhos dentro dele, foram bem interessantes de ver, lamento não ter conseguido seguir adiante.

 

Conclusão:

Shiro é um jogo que me chamou atenção no começo, com um visual interessante e uma premissa que me prometia algo bacana, infelizmente por conta de puzzles com pouca informação e um bug fatal que me impediu de prosseguir não tive a oportunidade de jogar mais, quem sabe da próxima vez.

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