O Carvalho
Uma criança e seu cão precisa salvar a floresta de Espíritos Malignos.
"Era uma vez, uma floresta que dependia de um carvalho para existir. Ao lado dela, foi criado um pequeno vilarejo, que também precisa da floresta para viver. Porém, a cada cem anos, surgem espíritos malignos para sugar a vitalidade da árvore mãe. Todos os jovens daquele vilarejo foram embora, sobrando apenas os idosos. Mas, uma criança é a esperança para salvar a floresta, animais e o povo do vilarejo."
Felipe Lopes
Com um enredo muito baseado em clichês e que me lembra bastante o jogo Okami, o jogo acaba não animando ao vermos um menino sendo enviado para salvar a vila, sem treinamento ou preparo algum. Talvez exista um mercado de consumidores que gostem de ver crianças inexperientes salvando o mundo, mas jamais irei entender. Por outro lado, acredito que a ideia seja de que o jogo aborde uma espécie de conto infantil, mas isso não fica claro, fazendo com que sobre espaço para a interpretação. O pouco que nós é apresentado, se resume a uma missão, “vá e salve a aldeia, tome aqui uma espada e um cachorro”. Acredito que um estudo de narrativa ajude a demonstrar melhor a proposta do game, apresentar quem é o nosso protagonista também ajuda a criar um certo afeto com o público.
Neste tipo de jogo, acredito que uma boa música seja essencial, para criar uma atmosfera e trazer aquele sentimento de nostalgia, acaba que isso não acontece, temos áudios com volumes variados, fazendo com que eu fosse obrigado a alterar o volume conforme trocava de mapa. Também senti falta de sons do ambiente. O destaque fica por conta da narrativa, feita com dublagem e a voz se adaptou muito bem para o conceito do jogo.
A jogabilidade se resume ao básico do maker, com um pequeno acréscimo, um sistema que pode comparado ao karma, quanto mais monstros matamos, mais “malvados” ficamos, a ideia é boa e agrega valor ao conceito de conto infantil, mas é pouco explorada no game e exige uma quantidade alta de inimigos para que o jogador perceba que o sistema está lá. As batalhas são simples ao extremo, quase não há desafio, até que entramos na caverna e os morcegos conseguem matar nosso cachorro em 2 golpes. Nosso personagem não aumenta o nível, o que deixa as batalhas um tanto sem graça, o cachorro aumenta o nível, mas somente através de itens e isso exige um abre e fecha constante do menu.
A parte visual me agradou bastante em alguns pontos, mas logo que reparamos no primeiro elemento do rtp, misturado em meio a artes originais, a arte perde parte de seu brilho. Acredito que muito disso vá ser corrigido com o tempo.
No que diz respeito aos pré-requisitos da CGA, temos um narrador que poderia ser melhor aproveitado para dar mais contexto para o jogo, o grande vilão é muito simbólico, não causando nenhum tipo de impacto ou mesmo sendo memorável de alguma forma, os combates são simplórios e pouco balanceados, exigindo uma revisão, a seleção de personagens é simples, mas eficiente. Os mapas acabam sendo poucos, há uma cidade de certa forma e uma pequena fazenda, até onde joguei, não encontrei cemitério ou masmorra.
Por fim, O carvalho está em um bom caminho, não sei dizer se o que ele precisa é mais tempo ou mais dedicação, acredito que tempo. Uma revisão e um estudo de referencias podem ajudar bastante na melhoria do projeto. Consigo enxergar a ideia proposta, mas ainda falta uma execução mais adequada.
Pedro Kaizaki
Com uma narração dublada, o carvalho o introduz rapidamente ao jogador um objetivo, sem muitas explicações apenas vá para tal lugar e realize uma tarefa que infelizmente é atribuída a outra criança sem qualquer tipo de aprofundação e desenvolvimento narrativo, sendo no fim apenas por ela ser a escolhida. Mais uma criança oprimida pelos roteiristas até quando isso Brasil?
Brincadeiras à parte, em todos os momentos eu me senti perdido durante a jornada, não apenas em questões narrativas mas também com a sua mistura visual, combinando vários pacotes gráficos diferentes na elaboração dos mapas. A escolha de personagens atende os requisitos.
A trilha sonora também se mostrou um ponto que precisa de revisão, não conseguindo fornecer sua contribuição para a ambientação.
Usando tudo que o rpg maker oferece o carvalho entrega uma jogabilidade básica de batalha por turno desbalanceada ”Odeio morcegos agora, coitado do meu cachorro”, puzzle simples e um sistema de Karma do qual pode ser tornar interessante futuramente em novas versões desse projeto. Por fim, em termos de gosto pessoal, acredito que o tamanho dos personagens em batalha não ficaram agradáveis com o zoom utilizado.
Richard Cesber
O jogo inicia, escolho novo jogo, ele inicia a apresentação e “crasha”, antivirus acusa como trojan. Tentei por mais de duas vezes, não pude avaliar o game.